VIDA APAIXONE-SE

A vida nos proporciona momentos váriados tanto de alegrias como de tristezas. Mas não devemos amar menos ou mais nestes momentos, mais sempre. Se entendermos que apaixonar-se pela vida na alegria e na tristeza muda tudo em nossa volta nos dedicariamos mais para isso, olhariamos a vida por outra pesperctiva além da que conseguimos ver nos dias turbilhados de hoje. Ame o outro(a), ame a vida, ame você, ame tudo apesar da dor. A dor sempre passa quando existe pessoas que são apaixonadas pela vida. Por Mister Bueno

domingo, 26 de maio de 2013

O LUPUS E O CORAÇÃO

Em julho de 2007 o LUPUS começou a fazer parte da minha vida.....o LUPUS é uma doença muito injusta.....me tirou minha filha...me trouxe tantas tristezas,,tantas angústias...tantas doress...tanto sofrimento.....as vezes consigo superar fazer de conta que ele não existe...mas quase sempre ele é tão agressivo em mim......é difícil controlar os danos que ele causa na minha mente e no meu coração... Seis anos atrás meu mundo estava turvo. Em meio a mudança de cidade, surgia o lúpus. Não entenda essas palavras como tristes, mas sim absorvidas. Seis anos atrás, eu mudei, minha vida mudou, mudaram meu rumo sem que houvesse uma escolha naturalmente minha. Seis anos atrás eu vivia o início de um tratamento que causava medo aos meus 27 anos... Aquele seria meu destino? Não tive medo, mas me senti muito triste. Triste como poucas vezes me senti nessa vida, ainda tão insignificante diante de tantas possibilidades que ainda existem. Sei como isso causou medo a quem me amava, aos meus amigos e familiares, especialmente à minha mãe. Só eu sei como era difícil olhar no espelho e não me encontrar. Só eu sei como era estranho pensar que o sol que eu tanto gostava se transformara em inimigo, que agora eu viveria sob constante controle... À medida que a borboleta se manifestava no meu rosto, quando o cabelo se perdia por aí, ao ver meus olhos tristes nas fotografias... Quem era aquela pessoa, que eu não reconhecia? Aqueles olhos fundos da “Carolina” de Chico Buarque, l... O mundo havia mudado porque eu não era mais a mesma. Seis anos atrás uma revolução foi iniciada. Sem volta. Não pense que escrevo essas palavras com tristeza, muito menos com pena de mim mesma. O “meu” lúpus era pouco perto de tantas outras coisas que haveria de enfretar. o lupus Era um inimigo quase invisível. Irônico é pensar que o lúpus é um “auto-ataque”, Fui escolhida. O lúpus é genético, mas se manifesta em casos específicos. Talvez algum dia eu mesma tenha escolhido enfrentar tudo isso, bem lá no fundo, como um grande teste. E quando olho pra trás, afirmo: enfrentei. Se em algum momento me desesperei, jamais deixei de correr atrás de melhores condições de vida. Se em algum momento eu perdi a esperança, logo a reencontrei. Se algum dia me senti horrível, tomei uma atitude: em minha casa não haveriam espelhos e relógios. O tempo voltaria a ser meu e minha face seria apenas um detalhe no que estava por vir. Há muito tempo eu não falava sobre isso, pensando em como foi difícil no começo. Há muito tempo não penso como estou bem agora, como consegui superar alguns momentos de fraqueza. E se paro ainda pra pensar em quais foram os momentos que mudaram a minha vida, um deles com certeza foi a descoberta do lúpus, pois se sou quem sou hoje, devo uma parte considerável às lições que o lúpus me trouxe. Talvez o lúpus tenha me mostrado o que realmente era importante, ou como o mar era importante na minha história, ou como a vida era curta e frágil. Descobri que não podia desperdiçar o meu tempo e que eu deveria viver. As limitações eram ilusórias quando a vida ganhava um novo horizonte. Eis o ponto de mudança do meu vento. Seis anos atrás optei por curtir, sem precisar conhecer o fundo do poço para dar valor ao que eu tinha. Mesmo com a saúde fragilizada, vivi intensamente e ainda vivo. Aliás, vivo cada vez mais, com mais vontade, pois a única certeza que ainda me resta é de que estou correndo contra o tempo. Todos estamos! Qual o motivo pra eu relembrar tudo isso agora? Talvez porque eu ainda não tenha 100% da minha saúde de volta, mas isso em nada tem me impedido de viver. Talvez porque eu não viva o suficiente pra ver a cura do lúpus, especialmente para quem sofre com a versão sistêmica... A questão é que depois do lúpus, escolhi novos rumos sem desistir de ir adiante, mesmo sabendo que podia ser difícil. não foi fácil lidar com a minha auto-estima flagelada, não foi fácil suportar tantos medicamentos e enxaquecas. Mas e daí? Estou aqui. Mais viva do que nunca. Eu sou uma guerreira como minhas amigas dizem..... Uma FENIX como meu amigo também diz.......Aquela borboleta vermelha do meu rosto agora bate as asas em minha alma, pois nada conseguirá me deter. Nada e nem ninguém. Isso sim é fé. Se não tenho cicatrizes no rosto é porque não deixei a tristeza me marcar. A vitória sempre me esperou......Deus é fiel...ele me ama e cuida de mim......

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